A Rede Piedade de Educação reuniu um time de craques, composto por diretores e professores de Educação Física, para interagir com o ex-atleta de vôlei e campeão olímpico Tande, levando perguntas feitas pelos estudantes para o entrevistado. O bate papo abordou os diferenciais que conduzem à vitória, como motivação, resiliência, respeito e humildade.
De cada unidade da Rede, os estudantes do Ensino Fundamental e Médio levantaram questões extremamente pertinentes e necessárias, recebendo respostas ainda mais preciosas do tão consagrado ex-atleta.
Dentre os principais pontos levantados por Tande em suas respostas, podem-se destacar as lições sobre resiliência, que, para ele, é algo treinável e possível de se aprender, além de ser um fator essencial para qualquer profissão. Ele cita, por exemplo, a necessidade de se treinar antes de uma Olimpíada e de estudar antes de uma prova, comparando à possibilidade de se exercitar a resiliência dentro de si.
Sobre as possibilidades de retorno pós-pandemia, Tande refletiu sobre a necessidade de valorizarmos as nossas pequenas liberdades do dia-a-dia, afirmando que essa prática é fundamental para que tudo retorne ao normal da melhor forma possível, tirando as lições necessárias que o período tão difícil trouxe para todos.
Em pergunta de uma das alunas, Tande falou sobre a sair do “piloto automático”, afirmando a necessidade de se reinventar, ter brilho nos olhos, se destacar dentre os demais. Além disso, o campeão olímpico ainda deu a sua receita para realizar as suas tarefas da melhor forma: o amor.
Outro ponto alto da entrevista foi a resposta de Tande sobre o trabalho em equipe, o qual ele define como “difícil, mas necessário para o sucesso”. Ele justificou tais dificuldades pelas diferenças entre cada membro de uma equipe, dando, inclusive, o exemplo do ex-companheiro Giba, que competia com ele pela vaga de ponteiro na Seleção Brasileira, dizendo que isso não poderia ser motivo para que os dois não se ajudassem, e que a vaidade é inimiga do sucesso coletivo.
Encerrando sua participação, o ex-atleta ainda reforçou a necessidade de manter uma rotina, mesmo que durante a pandemia, pois isso mantém o foco de qualquer profissional ou estudante no seu objetivo final. E, como mensagem final, reforçou a necessidade de olhar para o outro, compreender os que nos cercam, livrando-se de vaidades e praticando a humildade e a resiliência.
Além de Tande, a Rede Piedade já trouxe para o Programa +Vida o sacerdote Padre Fábio de Melo. O projeto proporcionará, ainda, encontros entre a família Piedade com Rossandro Klinjey, Dom Walmor, Padre Júlio Lancelotti, Marinete Moraes, Madre Teresa Cristina e Irmã Márcia Santiago.
Confira as perguntas feitas pelos estudantes para o campeão olímpico Tande:
– A resiliência – que é a capacidade de reerguer-se frente às dificuldades – foi a principal competência socioemocional necessária para enfrentarmos este momento mundial… É possível aprender a ser resiliente? – Débora, Colégio Piedade, Belo Horizonte-MG;
– Em função desta nova realidade que nos foi imposta e de termos ficado tanto tempo sem perspectivas de melhora, muita gente ficou apática, indiferente… totalmente compreensível… mas como retornar? Como buscar o brilho no olhar novamente? É como mobilizar um jogador que está no piloto automático e pra ele tudo “tanto faz” porque ele não aguenta mais perder. – Maria Luiza, INSP Flamengo, Rio de Janeiro-RJ;
– Sempre falam para gente em motivação para estudar. No colégio, presencialmente, temos contato com os professores e colegas que sempre nos põe pra cima. No on-line, este estímulo acaba sendo diferente… sem falar no cansaço que é ficar em frente às telas. Existe automotivação ou ela sempre tem que vir de fora? – Glauber, INSP Jacarepaguá, Rio de Janeiro-RJ;
– Sempre ouvimos falar que a capacidade de trabalhar em equipe é um dos grandes diferenciais dos profissionais de sucesso hoje em dia… Igualmente pra gente que é estudante, pois participamos de vários projetos e trabalhos nos quais precisamos desta habilidade. Você vivenciou isso com intensidade nos jogos, e no dia a dia, na vida, é fácil trabalhar em equipe? – Matheus, Colégio Nossa Senhora de Lourdes, Lavras-MG.
– No esporte, às vezes estamos ganhando, relaxamos e botamos tudo a perder… Às vezes estamos perdendo e viramos o jogo e vencemos. Ou seja, faz parte da vida, às vezes perdemos, às vezes ganhamos… Você acha que tem como desenvolvermos esta capacidade de perceber o momento e virar o jogo? – Kárita, Colégio Piedade Congonhas-MG;
– Percebemos que o virtual é muito mais cansativo do que o presencial, apesar de, muitas vezes ficarmos deitados, no sofá, na comodidade… mas, ao acabar a aula on-line estamos exaustos. No presencial raramente acontece, a gente sai da aula vivo, pronto pra uma atividade física ou até um curso… Por exemplo, quando vamos ao colégio, acordamos mais cedo, banho, café, uniforme… e se a aula é on-line, é comum ligar o computador em cima da hora… Fala pra gente do impacto de uma boa rotina na motivação diária. Você acha que a rotina influencia no nosso ânimo? – Laís, Instituo São José, Brasília-DF;
– Tande, deixa pra gente sua mensagem final. Quais seus TOP 5 (top five) aprendizados? Como você enumeraria? – Ana Clara, Colégio São José, Divinópolis-MG.
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